Com a finalidade de conservar a biodiversidade da região a Fundo Mundial para a Natureza (WWF) , uma organização não-governamental norte-americana, iniciou em julho de 1998 o projeto Pantanal para sempre que envolve diversos estudos científicos, além de mobilizar a sociedade nas questões ambientais e procurar assegurar o compromisso dos setores públicos e privado no financiamento e políticas públicas para apoiar a conservação. Está previsto para este mês, a divulgação das áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade na região do pantanal.
A região da caatinga corresponde a uma área de cerca de 734.478 km2 e inclui parcialmente os estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. O bioma faz parte de um ecossistema que restringe-se ao Brasil. Geralmente tem sido descrito como tendo baixa biodiversidade, com poucas espécies endêmicas (que ocorrem apenas naquela região) e, portanto, de baixa prioridade para conservação. No entanto, a região é ainda pouco estudada, e há pesquisadores que contestam esse dado. Segundo a professora Maria Jesus Nogueira Rodal, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, já foram identificadas cerca de 300 espécies de plantas típicas da caatinga. Atualmente ela vêem desenvolvendo um projeto que analisa a diversidade em comunidades vegetais da caatinga, dentro de uma da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Maurício Dantas, em Pernambuco, e que encontrou vestígios de que este bioma é formado por um mosaico vegetacional (grande heterogeneidade espacial de espécies).
O cerrado atinge 10 estados brasileiros, numa área que corresponde a 22% do território nacional. Considerado um hotspot (áreas em que há alto grau de endemismo) da biodiversidade, o cerrado tem importância fundamental já que é uma área transitória entre a floresta Amazônica, a caatinga e a Mata Atlântica. Entretanto, tem sido muito explorado por agricultores e pecuaristas. "Realmente, a pressão econômica em cima do uso dessas áreas é muito grande. A proteção que é dada é tão frágil que a não ser que tenha uma mudança relativamente rápida, acho que será muito difícil preservar áreas de cerrado", alerta o botânico, George shepherd, da Unicamp.
A principal estratégia para facilitar o corredor é a utilização da legislação existente, sem necessidade de desapropriação de terras. Isso significa fazer uso das áreas de reserva legal, preservação permanente (que engloba beira de rio, encosta, área de declividade, topo de morros), além de mais 20% das áreas privadas, que também são destinadas à preservação permanente, embora a maioria dessas propriedades ainda não esteja legalizada.
Assim, busca-se garantir a sobrevivência de vários peixes, entre eles o mero, que pode pesar até 250 quilos e está na lista de animais em extinção. Por meio da recriação de ambientes naturais, permite-se a existência de outros animais, como esponjas, crustáceos, pequenos corais e moluscos.